“Olha lá vai passando a procissão, se arrastando que nem cobra pelo chão...” canta o querido Gilberto Gil. E, boquiaberta, vou clicando a câmera, registrando uma multidão fantástica que comemora o dia de Santana e o centenário da Diocese de Caetité. Impressionante! Mais de trinta municípios ali representados. E todas as vozes cantam o Hino a Santana: “Mãe da mãe de Jesus, oh! Santana...” Um testemunho de fé e amor que encanta multidões. As ruas de Caetité, de repente, parecem que cresceram para abrigar tantos corações que derramam a sua alegria em Santana, padroeira daquela cidade lá no longínquo sudoeste da Bahia.
Filhos da terra que nunca a abandonaram, filhos da terra que partiram e voltam em busca da crença que um dia os batizou. Todos com os olhos úmidos e o coração saltando do peito carregadinho de emoção.
E, incansáveis, os fiéis carregam os andores e estandartes percorrendo as ruas e avenidas com firmeza e abnegação.
Em frente à casa paroquial, aquela azul que fica entre o Palácio Episcopal e a Avenida Santana, há um homem que tudo ouve e percebe, mas já não vê, com os olhos do corpo físico. Do alto das suas mais de nove décadas de romagem terrena, no seu traje de festa, o Padre Osvaldo Magalhães, cercado de poucos amigos, ostenta a sua simplicidade e doçura enquanto a festa acontece. Ouve toda a missa campal e o vozerio da procissão. Impecável! Lindo! Humilde como o bom cristão deve ser.
Outrora era o primeiro a participar da celebração e a percorrer o cortejo. Mas o tempo passa e o físico desgasta. Todavia sentimos que a sua energia está ainda mais concentrada dentro da sabedoria do espírito que, milenar, derrama chamas de amor e fraternidade em seus amigos de toda a vida! Esparge a sua evolução e mostra claramente a sua luz para aqueles que têm a capacidade de vê-la.
Esse é o Monsenhor Osvaldo Magalhães, o “Padre Osvaldo”, amigo dos nossos pais e avós e pastor de tantas e tantas ovelhas. O que batizou e celebrou o casamento de centenas de Caetiteenses e afins. O que rezou tantas e tantas missas. O que deu extrema unção, comunhão... disse missas de enterros e sétimos dias. E distribuiu santinhos para as crianças que fomos um dia.
Como seria Caetité e seus filhos sem Padre Osvaldo? Não sei... talvez diferente, mas não melhor. Ele faz parte da nossa cultura, do nosso crescer, da nossa família, de nossa educação, de nós! É nosso pai, nosso irmão, nosso pastor, nosso amigo. É o nosso Monsenhor!
Que Deus o abençoe. Talvez já não seja citado pelo clero que hoje dirige a paróquia de Santana. Talvez alguns cidadãos o tenham esquecido. Talvez o excluam de alguma celebração (quando deveria estar ali ocupando um lugar de honra!). Mas jamais o poderão excluir da nossa trajetória de vida, do nosso coração que o ama, da história daquela Vila Nova do Príncipe de Santana e Caetité! Ele é parte intrínseca disso tudo e é sinônimo do amor de Cristo que por toda a sua existência nos ensinou.
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