Lembro-me que havia uma velha casa na Praça da Catedral, na esquina do “Beco da Éguas”, ao lado da de Franco Fernandes. Ali eu nasci e vivi um pouquinho. Meu pai tinha comércio na parte da frente e uma bomba de gasolina. Não há mais lembranças dali... era um bebê apenas. Mas sei que havia essa casa...
E derrubaram minha casa natal para abrir uma rua mais larga à qual deram o nome de Avenida Santana. Linda! Toda calçada com paralelepípedos (êta nome difícil de falar e escrever!). E por falar nesse nome, também me recordo de quando começaram a trocar as pedras das ruas por eles. Ficamos encantados com tanto progresso! Os motoristas agradeceram e a cidade começou a ficar ainda mais linda.
Com o passar dos anos veio sempre mais e mais progresso até chegar ao asfalto. Que coisa bonita e macia é esse tal breu! Os carros e bicicletas deslizam suavemente e a gente nem se lembra mais do balanço desengonçado do jipes saltando as lajes que mais pareciam estar pelo avesso!
Um dia um prefeito visionário resolveu mudar também a forma do jardim da praça, aquele que a gente subia e descia e até contornava, sempre ao lado das amigas e paquerando os rapazes. Aquele em que os bancos tinham os nomes das nossas famílias e Meinha Pinho se atrevia a alugar o da sua mãe, a Viuva Guilherme de Castro. Pasmem! Isso é verdade e ela está ai, vivinha, (Meinha) para confirmar!
Pois é... Dácio Oliveira, meu irmão, resolveu botar tudo aquilo abaixo e chamou um arquiteto novo (o meu preferido e bem amado), o Zezinho de Amaury ou Dr. Amaury Publio Jr, para fazer um projeto. E o rapaz exigiu que o mesmo fosse executado “Ipsis litteris”, ou não o faria. E o fez. Ai foram derrubadas velhas árvores, cuja madeira foi aproveitada na marcenaria da prefeitura e, em seu lugar, novas foram plantadas e muita beleza construída para encanto dos nossos olhos divinos! Meu Deus! Ali nascia o mais belo cartão postal das redondezas e o meu amigo Zezinho fazia assim a sua obra prima!
O fato é que essa praça até hoje delicia os olhares dos transeuntes, caetiteenses ou não, que param para fotografa-la e filma-la, pois sua beleza é irresistível! Com seus jardins, tanques, patos, peixes, pontes e muitas flores, prefeito e arquiteto gravaram ali o seu nome para a posteridade!
Mas não parou ai... mesmo longe da minha terra, acompanhei seu progresso e bebi com alegria e prazer o seu desenvolvimento pela mão daqueles que, por amor e desejo de ver a cidade crescendo e se tornando uma “princesa do sertão produtivo”, construíram ruas e bairros inteiros, subindo serras e morros, descendo ao Mulungu e novamente subindo o morro do Cruzeiro, do cemitério e invadindo estradas. Hoje é uma cidade e tanto! Bonita, ajardinada, arborizada, alegre e festiva. Todos os dias alguém começa uma nova casa, um novo prédio, e aquela Vila começa a tomar forma de cidade grande!
Quem nasceu ali se orgulha da sua origem e, quem não nasceu, mas passou parte da sua vida, tornou-se filho adotivo e não abre mão do seu sobrenome de Caetiteense! E de peito estufado, mesmo longe e na saudade, conta seus “causos” e escreve suas crônicas para quem quiser ver e ouvir. Esses são seus filhos! Essa é a nossa amada Caetité, terra de Santana, terra do amor!
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